[vc_row content_text_aligment=”left” css=”.vc_custom_1493281775182{padding-top: 8px !important;padding-bottom: 11px !important;}”][vc_column][vc_column_text]A vacinação contra a COVID-19 teve início no mês de janeiro no Brasil, mas todo esse processo ainda gera muitas dúvidas. Por esse motivo, reunimos neste post os principais questionamentos sobre o tema a fim de trazer um maior esclarecimento do assunto.
Lembramos que este é um conhecimento que ainda está em construção e mudanças frequentes nas orientações podem ocorrer.
1) Quais tipos de vacina contra a COVID-19 estão sendo desenvolvidas? Como elas funcionam?
Cientistas de todo o mundo estão desenvolvendo potenciais vacinas para COVID-19. Todas elas estão sendo projetadas para treinar o sistema imunológico do nosso corpo a reconhecer e bloquear com segurança o vírus que causa a COVID-19.
Atualmente, diversos tipos de vacinas estão em desenvolvimento, sendo elas:
- Vacinas de vírus inativados ou enfraquecidos: usam uma forma do vírus que foi inativada ou enfraquecida. Ela não causa doença, mas gera uma resposta imune segura.
- Vacinas baseadas em proteínas: utilizam fragmentos inofensivos de proteínas ou cascas de proteínas que imitam o vírus da COVID-19 para gerar com segurança uma resposta imune.
- Vacinas de vetores virais: usam um vírus seguro, que não pode causar doenças, mas serve como uma plataforma para produzir proteínas do coronavírus e gerar uma resposta imune.
- Vacinas de RNA e DNA: o conceito de vacinas de nanopartículas é relativamente novo. Elas utilizam fragmentos de material genético produzido em laboratório (sintético) e esses fragmentos codificam uma parte do vírus. Depois que a vacina é injetada na pessoa, seu organismo usa as instruções do DNA/RNA para fazer cópias dessa parte do antígeno e toda a resposta imunológica passa a ser desencadeada baseada na informação codificada.
2) Quais os benefícios em receber a vacina?
As vacinas da COVID-19 ajudam nosso organismo no desenvolvimento de uma resposta imune contra o vírus. Isso significa que, sendo vacinado, essa imunidade ajuda seu corpo a combater o vírus caso você seja exposto a ele. Além disso, reduzimos o risco de desenvolver a doença e suas consequências e também de infectar outras pessoas, uma vez que estando protegido contra ela, a chance de transmitir é menor.
3) Atualmente temos duas vacinas contra a COVID-19 disponíveis no Brasil: a Coranavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, e a desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca/Oxford. Elas são seguras?
Os estudos que acompanharam os eventos adversos das duas vacinas demonstraram perfis de segurança adequados, muito semelhantes aos observados com as vacinas habitualmente utilizadas. As reações pós-vacinação mais frequentes relatadas nesses estudos foram leves e transitórias, como dor no local da vacina, cefaleia, náuseas e febre.
4) Posso contrair o novo coronavírus ao tomar as vacinas contra a COVID-19?
Não, tanto a Coronavac quanto a Astrazeneca/Oxford geram imunidade à doença. Elas não causam a doença ou infectam as pessoas. Ou seja, o imunizante gera uma resposta imunológica do nosso corpo ao promover uma simulação da exposição do organismo ao vírus.
5) As vacinas continuam sendo eficazes mesmo diante de novas mutações do vírus?
Ainda não há muitos estudos que garantem a eficácia das vacinas diante das novas cepas identificadas ao redor do mundo. Porém, pelo conhecimento atual, é provável que sim, pois até o momento não houve o registro de modificações em partes importantes da defesa imunológica contra o vírus, o que indica que as vacinas já desenvolvidas são sim eficientes.
Entretanto, é preciso uma vigilância epidemiológica atenta para se detectar novas mutações e realizar uma adequada avaliação.
6) Após tomar a vacina, depois de quanto tempo a pessoa estará imunizada? Ela poderá deixar de usar máscara?
A imunidade completa só acontecerá cerca de duas a três semanas após a segunda dose, embora tenha sido observada, 21 dias após a primeira dose da vacina de Oxford/AstraZeneca (uma das disponíveis atualmente no Brasil), uma eficácia de 70%. Porém ambas as vacinas disponíveis no país precisam ser administradas em duas doses.
Sobre as máscaras, ainda não sabemos se as vacinas serão capazes de prevenir, além da doença, a infecção e a transmissão do Coronavírus. Portanto, não podemos diminuir as medidas de segurança e continua sendo necessário sim o uso de máscara. Também é importante continuar atento ao distanciamento social e à higiene adequada das mãos.
7) Há alguma restrição para tomar a vacina?
De acordo com o Ministério da Saúde, aquelas pessoas que usam medicamentos antiagregantes plaquetários e anticoagulantes orais, pacientes portadores de doenças reumáticas, pessoas que têm câncer, que foram submetidas a transplantes ou que tenham problemas sérios de imunidade devem tomar precauções e, em alguns casos, a vacinação só deverá ocorrer mediante prescrição médica.
Portanto, se você se enquadra em algum destes casos, quando chegar a sua vez de tomar a vacina, é preciso informar a equipe médica local responsável pela imunização.
8) Quanto tempo dura a imunização da vacina?
Como os estudos ainda são muito recentes, não foi possível estimar a duração da proteção das vacinas. Em breve, essa pergunta poderá ser respondida através do acompanhamento dos vacinados. Mas, embora pouco se saiba sobre a eficácia das vacinas em longo prazo, isso não deve impedir seu uso.
9) Gestantes podem tomar a vacina? Há uma idade mínima para a imunização?
Testes em crianças e gestantes começaram a ser realizados recentemente por alguns laboratórios, mas os resultados ainda não foram divulgados. Por esse motivo, no Brasil, esses grupos ainda não serão imunizados num primeiro momento. No entanto, a imunização em massa dos demais grupos populacionais reduz enormemente as chances de contágio na população, o que acaba protegendo os demais de uma eventual transmissão.
10) Quem já teve COVID-19 precisa tomar a vacina? Se sim, qual o intervalo entre a doença e a vacinação?
Sim. A recomendação é vacinar, independente de ter sido infectado previamente, pois não se sabe com exatidão quanto tempo dura a imunidade natural adquirida pela doença.
Sobre o intervalo entre a doença e a vacinação, quem já teve COVID-19 poderá ser vacinado desde que o início dos sintomas tenha ocorrido há pelo menos quatro semanas da vacinação. Já no caso de exame de RT-PCR positivo em assintomáticos, o intervalo sugerido é de pelo menos uma semana.
Alguns países, como os Estados Unidos, adotam a estratégia de recomendar a vacinação três meses após a doença, pois durante este período o indivíduo ainda estaria com níveis de anticorpos suficientes para protegê-los, permitindo, então, que outra pessoa tenha prioridade na vacinação. Porém, no Brasil, o intervalo adotado é esse de quatro semanas após a doença.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]