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Abril azul coloca o autismo em debate

O transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do desenvolvimento neurológico, que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, atinge 1 em cada 160 crianças no mundo. No Brasil, estima-se que existam hoje cerca de 2 milhões de autistas.
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Sumário

[vc_row content_text_aligment=”left” css=”.vc_custom_1493281775182{padding-top: 8px !important;padding-bottom: 11px !important;}”][vc_column][vc_column_text]O transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do desenvolvimento neurológico, que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, atinge 1 em cada 160 crianças no mundo. No Brasil, estima-se que existam hoje cerca de 2 milhões de autistas.

E para dar visibilidade ao tema, foi escolhido o dia 2 de abril como “Dia Mundial de Conscientização do Autismo” e, para que as ações ocorram no mês todo, foi criada a campanha “Abril Azul”. A ideia é mostrar as características dessa condição para a população, ampliar o debate sobre o assunto e promover a conscientização da sociedade na luta pela inclusão.

Além disso, a campanha tem o importante papel de pressionar os governantes para que mais políticas públicas se voltem para esse grupo, como acesso às terapias e serviços de saúde, apoio às famílias, inclusão escolar e também no mercado de trabalho.

O Transtorno do Espectro Autista

O TEA manifesta-se de diferentes formas em cada indivíduo, por isso o termo espectro é adotado. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as pessoas com esse transtorno apresentam, de maneira geral, dificuldades de comunicação e interação social e a presença de comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos.

 

Sua causa ainda não é conhecida, mas estudos recentes demonstram que fatores genéticos são os mais importantes na determinação da condição. A ciência trabalha ainda com fatores ambientais, como idade paterna avançada, complicações no parto ou o uso de medicamentos pela mãe durante a gravidez. Porém, os pesquisadores ainda buscam respostas mais claras sobre essa correlação.

Vacinas

Criou-se um mito que determinadas vacinas, como a de sarampo, caxumba e rubéola, seriam responsáveis pelo autismo. No entanto, não há nenhuma pesquisa que comprove uma associação causal entre a vacina e o TEA. Também não há evidências de que qualquer outra vacina infantil possa aumentar o risco do transtorno do espectro autista.

Sinais de alerta

Em algumas crianças os sintomas do TEA são aparentes logo após o nascimento. Mas, na maioria dos casos, eles são consistentemente identificados entre 12 e 24 meses de vida. A SBP aponta os seguintes sinais de alerta por idade:

 

  • 6 meses: poucas expressões faciais, pouco contato visual, ausência de sorriso social.
  • 9 meses: não balbucia “mamã/papa”; não olha quando chamado e/ou para onde o adulto aponta. Não consegue imitar gestos simples.
  • 12 meses: ausência de balbucios e de atenção compartilhada; não faz gestos convencionais (dar tchau, por exemplo); não fala mamãe/papai.

 

Lembrando que em qualquer idade, quando há perda de habilidade já adquirida, o médico deverá ser comunicado, por também se tratar de um sinal de alerta para TEA.

Diagnóstico 

Não existe um exame específico que detecta o transtorno do espectro autista. O diagnóstico é feito a partir do relato dos pais e avaliação médica, que deve seguir critérios internacionais definidos, com avaliação completa e uso de escalas validadas.

 

A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta o pediatra ao uso do instrumento de triagem Modifield Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) entre 16 e 30 meses de vida.

Tratamento

O TEA não tem cura e não existe um padrão de tratamento que possa ser aplicado em todos os autistas. Cada paciente exige um tipo de acompanhamento específico e individualizado que conta com a participação dos pais, familiares e de uma equipe profissional multidisciplinar, que pode ajudar no desenvolvimento do indivíduo.

 

Com sessões de fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, dentre outras, é possível ajudar a criança a participar da rotina diária e também, aos poucos, se tornar mais independente. Em casos mais severos, a medicação prescrita por um neurologista ou psiquiatra também pode ser necessária e ajudar.

Direitos da pessoa com TEA

A pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), para todos os efeitos legais, é considerada uma pessoa com deficiência. Desse modo, há leis específicas que garantem os direitos de quem possui TEA. A Lei nº 12.764, de 27 de Dezembro de 2012, por exemplo, institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Temos ainda a Lei nº 13.977 (conhecida como Lei Romeo Mion, em homenagem ao filho do apresentador Marcos Mion, que possui TEA), de 8 de janeiro de 2020, que cria a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), de expedição gratuita.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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