fbpx

Agosto Dourado: o aleitamento materno como uma responsabilidade de todos

Compartilhe o conteúdo:

Sumário

Estamos no “Agosto Dourado”, um mês dedicado inteiramente à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Junto à campanha mensal, ocorre também a Semana Mundial de Aleitamento Materno 2021 (SMAM) ou World Breastfeeding Week 2021 (WBW 2021), que teve início no dia 1º de agosto e se estende até o dia e 7, e traz como tema central a proteção da amamentação como uma responsabilidade de todos.

 

Para valorizar a amamentação e divulgar os benefícios do aleitamento materno, a SMAM propõe uma série de ações de conscientização e esclarecimento a respeito do tema, que têm como principais objetivos:

 

  • Informar as pessoas sobre a importância de proteger a amamentação;
  • Apoiar a amamentação como uma responsabilidade vital de saúde pública;
  • Promover como a amamentação contribui para a sobrevivência, saúde e bem-estar de todos no mundo;
  • Articular-se com indivíduos e organizações para maior impacto;
  • Potencializar ações para proteger o aleitamento materno para melhorar a saúde coletiva.

 

De acordo com a Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, em inglês), “o aleitamento materno é um direito humano que precisa ser respeitado, protegido e cumprido”. Por esse motivo, é fundamental reforçar que a proteção da amamentação é uma responsabilidade compartilhada. “Para todos nós, é hora de informar, engajar-se e articular ações com o objetivo de proteger e apoiar o aleitamento materno. Isso ajudará a garantir a sobrevivência, a saúde e o bem-estar das crianças e de suas famílias”, ressalta a WABA.

 

O impacto do incentivo ao aleitamento materno no Brasil

 

Somente no ano passado, o Ministério da Saúde investiu R$ 16,9 milhões na proteção e apoio ao aleitamento materno na Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), da Atenção Primária à Saúde.

 

Nota-se que essas e outras estratégias vêm apresentando bons resultados, tendo em vista que os índices nacionais do aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de 6 meses aumentaram de 2,9% em 1986, para 45,7% em 2020. E o aleitamento para crianças menores de quatro anos passou de 4,7% para 60% no mesmo período.

 

Benefícios do aleitamento materno

 

A amamentação é um dos melhores investimentos para salvar vidas infantis e melhorar a saúde, o desenvolvimento social e econômico dos indivíduos e nações. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o leite materno é o alimento mais completo que existe para recém-nascidos, com grande impacto para redução da mortalidade e morbidade neonatal e infantil.

 

Conforme dados do Ministério da Saúde, o risco de morte de crianças amamentadas exclusivamente até os 6 meses é 41% menor do que de crianças em aleitamento materno predominante (quando, além do leite, o bebê é alimentado com água ou bebidas à base de água). Já em relação às crianças em aleitamento materno parcial, ou seja, que recebem outros tipos de leite além do da mãe, a ameaça é 78% menor, e 88% quando comparada aos bebês que não são amamentados.

 

Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, o leite materno “é a base da vida, porque ele sacia a fome e impulsiona o viver”. É através dele, que o bebê recebe os anticorpos da mãe que o protegem contra doenças como diarreia, infecções, obesidade infantil, principalmente as respiratórias. Pesquisas recentes indicam que anticorpos para covid-19 podem passar por meio do leite. O risco de asma, diabetes e obesidade é menor em crianças amamentadas, mesmo depois que elas param de mamar.

 

Além disso, amamentação é, ainda, um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes fortes, desenvolva a fala e tenha também uma boa respiração.

 

Amamentar aumenta, ainda, o contato do bebê com a mãe, dando segurança, calor e fortalecendo os vínculos afetivos; melhora a digestão e minimiza as cólicas (uma vez que possui a molécula PSTI, responsável por proteger e reparar o intestino dos recém-nascidos); reduz o risco de doenças alérgicas; diminui chances de desenvolver doença de Crohn e linfoma.

 

Os benefícios se estendem também à mãe, uma vez que há uma maior proteção contra o câncer de mama, de ovário, além da redução do risco de uma hemorragia após o parto. Evita, ainda, a osteoporose, protege contra doenças cardiovasculares, como o infarto, hipertensão arterial e colesterol alto. Pode reduzir também o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e artrite reumatoide.

 

Com a liberação de hormônios de prolactina e ocitocina, a amamentação promove sentimento de amor e apego com o bebê. O aleitamento materno exclusivo também atrasa o retorno do período menstrual da mãe, o que pode ajudar a prolongar o tempo entre gestações.

 

Tudo isso aliado ao fato de que o leite materno é gratuito, prático e não desperdiça recursos naturais ou polui o meio ambiente.

 

Outros Conteúdos

plugins premium WordPress