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Avanços nos testes das vacinas contra a COVID-19 em crianças e adolescentes

Com o avanço da vacinação contra a COVID-19 no Brasil entre adultos, idosos e pessoas dos grupos de risco, pais de crianças e adolescentes se perguntam quando chegará o momento de imunizar seus filhos. Embora ainda seja difícil prever uma data para aplicação das vacinas nessa faixa etária, estudos e testes envolvendo menores de 18 anos já estão sendo realizados ao redor do mundo e a previsão é que os primeiros resultados sejam divulgados dentro dos próximos meses.Lembramos que este é um conhecimento que ainda está em construção e mudanças frequentes nas orientações podem ocorrer.
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[vc_row content_text_aligment=”left” css=”.vc_custom_1493281775182{padding-top: 8px !important;padding-bottom: 11px !important;}”][vc_column][vc_column_text]Com o avanço da vacinação contra a COVID-19 no Brasil entre adultos, idosos e pessoas dos grupos de risco, pais de crianças e adolescentes se perguntam quando chegará o momento de imunizar seus filhos. Embora ainda seja difícil prever uma data para aplicação das vacinas nessa faixa etária, estudos e testes envolvendo menores de 18 anos já estão sendo realizados ao redor do mundo e a previsão é que os primeiros resultados sejam divulgados dentro dos próximos meses.

 

Confira abaixo alguns detalhes dos estudos de cada farmacêutica:

 

  • Coronavac (Butantan/Sinovac):

 

Em fevereiro deste ano, a Sinovac Biotech (farmacêutica chinesa que desenvolveu a vacina em parceria com o Butantan) anunciou a condução de testes clínicos na China em crianças e adolescentes, na faixa etária entre 3 e 17 anos. A expectativa é que o estudo seja concluído até setembro deste ano.

 

Resultados preliminares, divulgados no dia 22 de março, apontaram que a vacina se mostrou segura e eficaz em crianças e adolescentes (dados dos cerca de 500 estudados, que receberam duas doses de média, baixa dosagem e placebo). A produção de anticorpos foi maior do que na faixa etária entre 18 e 59 anos e idosos, comparativamente. Além disso, a maioria das reações adversas foram leves.

 

Apesar de ainda estar na primeira fase, um novo ensaio clínico na China estuda a possibilidade de aplicação de uma terceira dose, focando em dar um reforço de imunização ainda maior. Porém, o período para essa terceira dose seria mais amplo do que as duas primeiras, dando um espaçamento de 8 meses para sua aplicação.

 

Até o momento, não há testes em andamento para a vacinação de crianças no Brasil. A vacina é hoje oferecida a maiores de 18 anos em duas doses, com intervalo de 28 dias entre elas.

 

  • Oxford/Astrazeneca:

 

A vacina de Oxford/Astrazeneza começou a ser testada no Reino Unido em crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, em fevereiro. No total, os pesquisadores avaliarão 300 voluntários para examinar se a vacina produzirá uma boa resposta imunológica nessa faixa etária. Ainda não há, porém, detalhes sobre seu andamento.

 

A vacina está disponível para aplicação no Brasil em maiores de 18 anos,  com produção da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz). Por aqui, ainda não há qualquer teste voltado para crianças em andamento.

 

  • Moderna

 

A empresa anunciou na última semana ter ampliado testes para crianças entre 6 meses e 11 anos. Os estudos envolverão, ao todo, 6.750 participantes saudáveis nos Estados Unidos e no Canadá, e prevê um tempo de acompanhamento de até um ano dos voluntários. Cada participante tomará duas doses no total, com um intervalo de 28 dias entre elas (o mesmo período usado em adultos).

 

Já os testes para a faixa etária entre 12 e 17 anos estão em andamento desde dezembro do ano passado. Com essa faixa, os estudos vão bem e há a perspectiva de vacinar as crianças a partir de setembro deste ano. Já para os menores (de 6 meses a 11 anos), a vacinação só deve ser possível no início de 2022, de acordo com a farmacêutica.

 

A vacina da Moderna é, geralmente, aplicada em duas doses, com intervalo de 28 dias entre elas. Por enquanto, está disponível para maiores de 18 anos. No entanto, o Brasil ainda não disponibiliza essa vacina no seu Plano Nacional de Imunização.

 

  • Pfizer BioNtech

 

No dia 25 de março, a Pfizer anunciou que daria início aos testes em crianças menores de 12 anos. Os estudos começarão em crianças entre 5 e 11 anos, para determinar a dose apropriada. Se a dose for tolerada para esse grupo, o estudo seguirá o mesmo processo para crianças entre 2 e 5 anos de idade. E se tolerado nessa faixa etária, os próximos serão os ensaios de vacinas para as crianças mais novas, entre 6 meses e 2 anos.

 

Crianças brasileiras entre 5 e 11 anos estão incluídas nos testes que a empresa vai fazer sobre a eficácia de sua vacina contra a Covid-19, em maio ou junho no país. O protocolo do estudo será submetido para apreciação e aprovação da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep).                

 

Embora ainda não tenha doses disponíveis no Brasil, a vacina da Pfizer já possui registro definitivo na Anvisa e já pode ser aplicada na população brasileira. Por enquanto, a vacina é aplicada em maiores de 16 anos em duas doses, com diferença de 21 dias entre elas.

 

  • Johnson & Johnson

 

A Johnson & Johnson anunciou no início de março que pretende ter uma vacina contra covid-19 disponível para menores de 18 anos até setembro deste ano. Os testes da empresa serão feitos inicialmente entre adolescentes de 12 a 18 anos, e a faixa etária deve ser reduzida gradativamente, conforme o avanço dos resultados.

 

A vacina da Johnson & Johnson é, geralmente, aplicada com apenas uma dose e, atualmente, está disponível para maiores de 18 anos. No entanto, o Brasil ainda não disponibiliza essa vacina no seu Plano Nacional de Imunização.

 

Por que é tão importante vacinar crianças e adolescentes?

 

Vacinar o máximo de pessoas possível é considerado indispensável para conter a disseminação do novo coronavírus. Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, “é imperativa a necessidade de realizarmos estudos de segurança e de imunogenicidade com as atuais vacinas para covid-19 em crianças e adolescentes, com o objetivo de estendermos a este grupo o benefício da vacinação. Esta estratégia servirá não apenas para proteger as crianças e adolescentes de formas graves, mas também para ajudar a controlar a transmissão do vírus na comunidade”.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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