Depois de ter sido testada em 4.115 adultos nos EUA, incluindo idosos, chega ao Brasil a vacina da chikunguya para uma nova fase de análises. Só que, por aqui, o público-alvo serão os adolescentes, de 12 a 17 anos, sem comorbidades. Isso porque amplia os resultados laboratoriais de eficácia, pois uma vez já testada em indivíduos saudáveis em região não endêmica (EUA) o ideal seria atingir uma outra faixa etária e um lugar endêmico, como o caso do Brasil.
Uma outra exigência do perfil selecionado para esta etapa de estudos é que 20% dos jovens voluntários já tenham sido acometidos pela doença no passado. Os especialistas indicam a necessidade dessa condicionante para entender se quem já teve a doença tem algum “benefício” no sentido da imunidade adquirida ou se vai haver uma necessidade de dose de reforço da futura vacina.
Os interessados em participar devem acessar o site www.institutoautoimune.com.br , fazer o cadastro e aguardar contato. Quando convocados, o adolescente deverá comparecer ao local indicado acompanhado de um dos responsáveis, que assinam um termo de consentimento. Vencida toda a triagem e verificação das condições do voluntário como sendo apto ao teste, uma parte será submetida ao imunizante e a outra ao placebo. Importante ressaltar que os participantes não sabem qual substância estão recebendo e estarão sendo acompanhados por todo período de testes por uma equipe técnica.
Essa parte de análises feitas aqui no Brasil será conduzida pelo Instituto Butantan em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e também Universidades. Além do site do Instituto Autoimune, foram disponibilizados números de telefones para contato com os pesquisadores: (81) 3416-7967 ou pelo WhatsApp (81) 99398-3026. Ao todo, serão 750 voluntários por todo o país.
A chikunguya é uma doença extremamente perigosa e pode deixar sequelas neurológicas, motoras e levar até a óbito. Só em Pernambuco, neste primeiro semestre foram registrados 6.803 casos, com 3 óbitos.
