O consumo de bebidas alcoólicas cresceu de forma considerável durante a pandemia. Um estudo realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apontou que 35% dos entrevistados, com idades entre 30 e 39 anos, relataram ter ampliado o número de ocasiões em que consumiram mais de cinco doses de álcool nesse período.
Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o alcoolismo já é a terceira maior causa de morte no mundo. Todo ano, a ingestão de bebidas alcoólicas mata mais de 3 milhões de pessoas e causa mais de 200 doenças, como cirrose hepática, câncer, trombose e até problemas de fertilidade (tanto em homens quanto em mulheres) e demência.
E ainda que o álcool seja considerado uma droga lícita, o alcoolismo é uma doença química crônica. Nela, o indivíduo consome álcool compulsivamente e se torna tolerante aos efeitos causados pela droga, desenvolvendo, desta forma, sintomas de abstinência quando a substância lhe é retirada.
No Brasil, atualmente, cerca de 15% da população é dependente de álcool. Segundo o Alcóolicos Anônimos do Brasil, o fácil acesso à substância e a banalização do seu consumo acaba estimulando o uso de substâncias alcóolicas, sem considerar as questões de saúde. Além disso, o alcoolismo já é considerado, hoje em dia, um dos principais problemas de saúde pública no país.
Os números citados acima são apenas parte de um importante alerta que busca provocar uma maior conscientização da população quanto ao consumo excessivo do álcool e seus malefícios. E na data de hoje, quando é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, eles ganham ainda mais relevância.
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