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Doação de órgãos: a vida pode continuar!

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Sumário

De acordo com um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o número de doadores de órgãos caiu 26% no país no primeiro trimestre de 2021. A queda, que atingiu pacientes que esperam por um transplante, é mais um dos reflexos causados pela pandemia de Covid-19.

 

Conforme dados da ABTO, o risco de contaminação, a lotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) por conta do coronavírus e a não autorização familiar foram as principais razões dessa queda. Se antes da pandemia, a projeção para esse ano era de 20 doadores por milhão de pessoas, essa taxa passou a ser de 15 doadores, voltando para o mesmo patamar de 2017.

 

Dentre os procedimentos mais afetados, estão: os de pulmão, em 62%; rim e coração, 34% e fígado, 28%. Também diminuíram as taxas de transplante de medula óssea, em 29% e de córnea, em 25%.

 

A notícia é uma triste estatística que chega justamente na semana em que é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, data marcada por campanhas de conscientização sobre a importância da doação e da comunicação dessa vontade com familiares e amigos. Atualmente, segundo a ABPO, cerca de 45 mil pessoas estão na fila para receber um órgão.

 

Entenda melhor sobre a doação de órgãos

 

O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto.

 

No Brasil, de acordo com a legislação vigente, para ser doador de órgãos é preciso conversar com a família e manifestar o desejo em doar órgãos. Isso porque, de acordo com o Ministério da Saúde, a doação só pode ser realizada depois que a família do doador autoriza o procedimento. Ou seja, quem possui a decisão final e detém a responsabilidade é a família do doador.

 

Mas apesar da ampliação da discussão do tema nos últimos anos, ainda existe um grande tabu sobre o assunto. Muitas pessoas descrevem como sendo um algo de difícil entendimento, resultando, assim, em um alto índice de recusa familiar. Segundo um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) o três motivos principais para essa alta taxa de recusa são: incompreensão da morte encefálica; falta de preparo da equipe para fazer a comunicação sobre a morte e religião.

 

Por esse motivo, a conscientização da importância da doação de órgãos e o esclarecimento dos procedimentos é fundamental para reverter esse quadro.

 

E quem pode ser um potencial doador?

 

Quando ocorre a morte cerebral, mas ainda há atividade cardíaca, os órgãos podem ser doados, respeitando um limite de tempo pós-morte para cada um deles. Após efetivada a doação, a Central de Transplantes do Estado é comunicada e, através do seu registro de lista de espera, seleciona seus receptores mais compatíveis.

 

Pessoas vivas também podem ser doadoras, desde que sejam órgãos duplos (como rins, por exemplo) e que possibilite que o doador tenha uma vida com saúde normal após o transplante.

 

Se você quer ser um doador de órgãos ou deseja obter mais informações sobre o tema, acesse o site da Associação Brasileira de transplantes de órgãos e saiba mais.

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