Qual é a classificação de cirurgias quanto ao tempo de espera para a realização?
Cirurgia de Emergência: aquela que deve ser realizada de forma imediata, por oferecer risco iminente de morte ao paciente. Ela lida com situações críticas como ferimento grave por arma de fogo, por exemplo;
Cirurgia de Urgência: aquela que envolve também pronta atenção mas pode ser realizada em um curto intervalo de tempo, geralmente em até 48h;
Cirurgia Eletiva: aquela que pode ser realizada de forma programada e em ocasião mais propícia, com intervalo maior de tempo, sem oferecer risco grave para o paciente em decorrência da espera.
De acordo com a Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), não foram somente as cirurgias eletivas que diminuíram no ano de 2020. As consultas e exames eletivos também registraram uma queda de 32%, já que muitos estão relacionados ao pré-operatório dos pacientes. A realização das cirurgias eletivas ainda continua bastante comprometida, sem previsão de normalização para o ano de 2021.
“Tivemos uma queda muito grande mesmo na quantidade de procedimentos cirúrgicos eletivos. Depois de as entidades sanitárias terem mudado as recomendações [voltaram a recomendar a realização de cirurgia] e os hospitais terem adaptado o fluxo de trabalho, está acontecendo uma retomada desses procedimentos, mas eu não diria que o fluxo é igual ao de antes da pandemia”, relatou o editor do Observatório da ANAHP e CEO do Sabará Hospital Infantil, Ary Ribeiro. (Fonte: Site CNN Brasil)
O atraso na realização de uma cirurgia eletiva pode trazer sérios riscos para o paciente. Mesmo sendo um procedimento com possibilidade de tempo de espera maior, há que se avaliar com cuidado cada caso, levando em conta possíveis complicações e avanço no estágio da doença. Um câncer, por exemplo, pode se tornar mais agressivo com o adiamento da cirurgia oncológica.
Além de causar prejuízos à saúde e à vida, o adiamento de cirurgias eletivas impacta também na gestão das instituições. As complicações da doença que surgem como consequência da não realização da cirurgia são responsáveis por levar opaciente de volta à unidade de saúde, sobrecarregando o fluxo de atendimento.
É possível realizar cirurgias eletivas com a máxima segurança, mesmo em tempos de pandemia, desde que haja disponibilidade de recursos, alocação de profissionais e uma gestão eficiente, focada na preservação da vida.