Sabemos que a pandemia de Covid-19 exerceu um grande impacto sobre a saúde mundial. Além de todas as implicações causadas pela doença propriamente dita, outras consequências danosas à saúde, indiretamente geradas, foram sentidas ao longo deste período.
Um exemplo dessas consequências, pôde ser observado no grande número de adiamento ou cancelamento de checkups preventivos, cirurgias eletivas, exames complementares e outros atendimentos. De acordo com uma pesquisa realizada pela Johnson & Johnson Medical Devices (JJMD), em parceria com a IPSOS, foi constatado que sete em cada dez latino-americanos atrasaram algum procedimento do tipo. Especificamente no Brasil, 64% dos respondentes disseram que remarcaram ou cancelaram procedimentos eletivos.
Outro dado alarmante poder ser percebido no atraso e cancelamento do tratamento de doenças graves. A pesquisa da JJMD mostrou que 3% dos entrevistados adiaram tratamentos para câncer e 14% deixaram de fazer uma avaliação pormenorizada para problemas cardiovasculares (a principal causa de morte no mundo).
Por conta disso, estima-se que a detecção de novos casos de câncer no país caiu 70% nos primeiros meses da pandemia. E doenças cardiovasculares ou crônicas também tiveram queda significativa no número de diagnóstico e consultas de acompanhamento.
Procedimentos em espera
Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems), no ano de 2020, cerca de um bilhão de procedimentos cirúrgicos eletivos foram adiados e/ou não realizados devido à pandemia da Covid-19, na rede de hospitais do SUS. A nível de comparação, no ano de 2019, a rede de hospitais públicos realizou 12 milhões de internações, fez 3,7 bilhões de atendimentos ambulatoriais e 430 milhões de atendimentos na atenção básica.
Conforme informado pelo próprio Órgão, essa suspensão ocorreu por diversos motivos. Dentre eles, a falta profissionais de saúde suficientes para realizar o atendimento a pacientes de Covid-19 e ao mesmo tempo realizar cirurgias eletivas (principalmente no auge da pandemia), além da falta de insumos, como medicamentos para intubação orotraqueal, por exemplo.
A boa notícia é que alguns estados já anunciaram a volta desses procedimentos. Em Minas Gerais, por exemplo, a Secretaria de Saúde do estado anunciou no mês de julho a retomada das cirurgias eletivas . O chefe da pasta, Fábio Baccheretti, prevê que nos próximos 15 meses, instituições mineiras públicas e privadas realizarão 435 mil procedimentos, ou seja, o dobro da quantidade realizada em 2019, antes da pandemia de COVID-19.
Não deixe de buscar apoio médico quando necessário
Pensando em incentivar e inspirar as pessoas a priorizar sua saúde e entrar em contato com seu médico para retomar seus cuidados de rotina e procedimentos adiados, a Johnson & Johnson Medical Devices criou a ação “Minha Saúde Não Pode Esperar”.
No site, há informações de fontes confiáveis para ajudar os pacientes a buscarem ajuda de profissionais na pandemia sem correrem riscos de infecção. A orientação principal é manter um canal aberto com o médico e perguntar sobre os procedimentos necessários e também sobre os protocolos seguidos pelas instituições em que eles serão feitos.