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Os perigos da automedicação

A automedicação é ato de utilizar um medicamento por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas. Muitas vezes, é considerada inofensiva e vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas. Porém, ela pode trazer consequências mais graves do que se imagina.
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[vc_row content_text_aligment=”left” css=”.vc_custom_1493281775182{padding-top: 8px !important;padding-bottom: 11px !important;}”][vc_column][vc_column_text]A automedicação é ato de utilizar um medicamento por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas. Muitas vezes, é considerada inofensiva e vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas. Porém, ela pode trazer consequências mais graves do que se imagina.

Segundo o Ministério da Saúde, o uso de medicamentos de forma incorreta ou irracional pode acarretar no agravamento de uma doença, uma vez que sua utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Outra preocupação refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um remédio pode anular ou potencializar o efeito do outro. Além disso, a automedicação pode trazer consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.

Os principais medicamentos utilizados na automedicação são: descongestionantes nasais; analgésicos; anti-inflamatórios; antitérmicos e alguns antibióticos (adquiridos no balcão de farmácias sem nenhuma dificuldade). Porém, há uma série de riscos envolvidos:

 

  • Descongestionantes nasais: quando usados constantemente podem causar taquicardia, elevação da pressão arterial, dependência e rinite medicamentosa.
  • Analgésicos e anti-inflamatórios: o uso indiscriminado pode agravar problemas gástricos, ter ação anticoagulante, provocar hemorragias, prejudicar pacientes com problema cardíaco ou renal e agravar a hipertensão.
  • Antitérmicos: pacientes com reação alérgica, ao usar o antitérmico, podem sofrer edemas (inchaço) da glote, impedindo a passagem de ar para os pulmões e coceira.
  • Antibióticos: pode facilitar o aumento da resistência de micro-organismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos.

 

Dentre os riscos mais frequentes para a saúde daqueles que estão habituados a se automedicar, destacam-se a resistência aos remédios e o perigo de intoxicação. Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que infecções resistentes a remédios já causam, pelo menos, 700 mil mortes todo ano. E dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), da Fundação Oswaldo Cruz, demonstram que os medicamentos são hoje a principal causa de intoxicação no Brasil, ficando à frente de produtos de limpeza, agrotóxicos e alimentos estragados. E boa parte desse problema, ocorre devido à automedicação.

 

Além do impacto sobre a vida humana, as reações adversas a medicamentos também influenciam significativamente nos custos despendidos com saúde. De acordo com a OMS, os hospitais gastam entre 15% e 20% de seus orçamentos para lidarem com as complicações causadas pela automedicação, caracterizando, assim, um problema de saúde pública.

Orientações

A orientação do Ministério da Saúde é que sempre se procure um médico assim que aparecerem os primeiros sintomas ou ao desconfiar de qualquer problema de saúde, e evite recomendações de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmácias ou drogarias. Já na hora de adquirir medicamentos de venda livre, é importante sempre pedir orientações ao farmacêutico.

 

Na dúvida, consulte a cartilha do Ministério da Saúde, que traz diversas orientações gerais relacionadas ao uso de medicamentos.

Automedicação em tempos de pandemia

No Brasil, a automedicação é um hábito praticado por 77% das pessoas, segundo uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Estima-se que com a pandemia esse índice esteja ainda maior, devido ao medo de contaminação, ao isolamento social e à sobrecarga do sistema de saúde. Além disso, a circulação de fake news a respeito do uso preventivo de alguns remédios também contribui expressivamente para esse aumento.

 

Apesar da aparente facilidade de se automedicar, além dos riscos apontados acima, é importante ressaltar que cálculos bem precisos da dosagem são fundamentais para o efeito benéfico esperado da medicação. E que a dose excessiva pode causar toxicidade ao seu organismo.

 

Como ainda não há um consenso sobre o uso de medicamentos para prevenir ou tratar a COVID-19, a medida mais importante para evitar a contaminação neste momento continua sendo manter o isolamento social (se possível). E, caso seja necessário sair, é importante se atentar ao uso correto da máscara e manter as medidas de higienização e etiquetas respiratórias.

 

Se ainda assim aparecerem sintomas, busque imediatamente uma unidade de saúde próxima à sua casa e faça o teste. Caso seja dê positivo para a doença, o profissional da saúde lhe conduzirá ao tratamento mais adequado considerando os seus sintomas.

Atenção redobrada com as crianças

Intoxicações por medicamentos também podem acontecer por ingestão acidental dos mesmos. Para que isso não ocorra, tenha muito cuidado ao armazená-los. Portanto, lembre-se sempre de deixar os medicamentos fora do alcance das crianças.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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